quinta-feira, 24 de março de 2011

Musicoterapia

  De acordo com a definição da Federação Mundial de Musicoterapia (WFMT), é “a utilização da música e/ou dos seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musico terapeuta qualificado, num processo sistematizado de forma a facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, e organização de processos psíquicos de um ou mais indivíduos para que recupere as suas funções, desenvolva o seu potencial e adquira melhor qualidade de vida.”

  A música é a arte de combinar sons de modo agradável aos ouvidos fazendo uso da música, ou de parte dos seus componentes e tem como objectivo alterar positivamente o estado emocional, físico, comportamental e cognitivo através das respostas activadas pela música. Possivelmente é a terapia mais usada inconscientemente por todos nós.


  Esta intervenção envolve actividades musicais que podem ser feitas individualmente ou em grupo, num processo planificado e continuado no tempo, levado a cabo por profissionais com formação específica.

  A Musicoterapia destina-se especialmente a pessoas com problemas de relacionamento, comunicação, comportamento e integração social, podendo ser aplicada a idosos, adultos, adolescentes, e crianças em instituições de saúde física e mental, educação, intervenção comunitária e reabilitação.

Destacam-se as seguintes aplicações clínicas:
  • Hiperactividade
  • Autismo
  • Síndrome de Down, Rett e Turner
  • Paralisia Cerebral
  • Lesões Cerebrais
  • Deficiências Sensoriais (visual e auditiva)
  • Dislexia
  • Dificuldades de Aprendizagem
  • Depressão
  • Ansiedade 
    
História da Musicoterapia


  O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registos podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos. Na Grécia Antiga era chamada a «arte das musas», simbolizando a harmonia universal.
  Platão dizia que a música era a expressão da ordem e da simetria, que através do corpo penetrava na alma e em todo o ser, revelando a harmonia da personalidade total. O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 no Michigan State University.

4 comentários:

  1. Gostei muito meninas!Chamo-me Deolinda e tenho um filho, o Hugo, de 13 anos que é autista e já tentei várias "coisas" para que ele vivesse melhor com isso e uma das que resultou foi a musicoterapia,pois, esta aplicada em autistas tem dado resultados muito positivos.Quando levei o meu filho a um especialista em musicoterapia, em Lisboa,ele explicou-me que a música é a única ponte de comunicação possível para os portadores deste tipo de transtorno neurológico.

    Nesses pacientes, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). E ela "move-se" até ao centro de respostas emotivas, localizado no hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto). Os sons verbais, no entanto, não "funcionam" dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na região cortical (analítica e lógica) diretamente do aparelho auditivo. Em resumo, no autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Desta forma, o autista consegue interagir com o terapeuta. Pacientes que sofreram lesão do lado direito do cérebro, podem ter a percepção melódica comprometida. O tratamento com musicoterapia, nesse caso, utiliza estímulos sonoros nas adjacências da área lesada, que criará novas conexões cerebrais.
    O meu filho está melhor graças á musicoterapia.
    Queria felicitar-vos por este blog pois hoje em dia as medicinas alternativas ainda estão muito mal aprofundadas e é bom que haja alguem interessado nelas.

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  2. Olá Deolinda, antes de mais deixe-nos agradecer por ter partilhado a sua história connosco.
    Quando escolhemos este tema tínhamos consciência que a medicina alternativa é practicamente desconhecia por grande parte dos portugueses, mas temos esperança de ser capazes de contribuir para alterar isso.
    Deu-nos uma grande alegria saber que a musicoterapia ajudou o seu filho a melhorar.
    O que nos disse sobre a acção da musicoterapia no cérebro ajudou-nos a compreender melhor esta técnica, Obrigada.
    Felicidades para si e para o Hugo.

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  3. Meninas,quem agradece sou eu. É bom que alguem se interesse por este tema pois assim é mais a probabilidade de ele vingar neste mundo e se vir a descobrir grandes coisas através dele. contei ao meu Hugo que umas meninas tinham feito uma pesquisa sobre a musicoterapia e ele ficou todo contente por saber que alguem se importa por "ela".
    Muitas felicidades para todas

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  4. Olá Deolinda.
    Pedimos desculpa por responder só agora, mas como sabe entramos em férias :)
    Nós é que ficamos contentes por saber que alguém aprecia o nosso trabalho.
    Encontramo-nos agora na fase final do nosso projecto e estamos a ter dificuldades em encontrar um musicoterapeuta para vir à nossa escola dar uma palestra ou talvez um workshop.
    Queremos divulgar a musicoterapia a quem ainda desconhece esta alternativa e podia benificiar dela.
    Felicidades para si e para o Hugo.

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